Um escravo, criado com ensinamentos sobre a importância do perdão e do amor ao próximo, tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento; tanto, que seu senhor o elevou a uma posição de importância, isto é, administrador das suas fazendas. Numa ocasião, o seu senhor desejou comprar mais vinte escravos, e mandou que o novo administrador os escolhesse, dizendo que queria os mais fortes, e os que trabalhassem melhor.O escravo foi ao mercado e começou a sua busca; fixou a vista num velho e decrépito escravo, e disse ao senhor que aquele havia de ser um dos escolhidos.O senhor ficou surpreendido com a escolha, e não queria concordar, sem entender nada o pobre velho pediu que fossem indulgentes com ele.O negociante então, disse que se eles comprassem vinte, daria o velho de graça.A compra, portanto, foi feita, e os escravos foram levados para as fazendas do seu novo senhor; mas o antigo escravo tratou o velho decrépito com muito mais cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.Levou-o para sua casa, dava-lhe da sua comida, quando tinha frio, levava-o para o sol, quando tinha calor colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia isso.- Decerto não se interessaria tanto por ele sem ter algum motivo especial: é teu parente, talvez teu pai?O pobre escravo respondeu:- Não senhor, ele não é meu pai. - É então o teu irmão mais velho?- Não senhor, ele não é meu irmão. - Então é teu tio ou outro parente?- Não tenho parentesco algum com ele, nem mesmo é meu amigo. - Então - perguntou o seu senhor - por que motivo tem tanto interesse por ele?- Ele é meu inimigo, senhor, respondeu o escravo, vendeu-me a um negociante, mas aprendi que devemos perdoar os nossos inimigos e que quando o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, e quando ele tiver sede, dá-lhe de beber, e esta é a oportunidade que tenho de colocar meus aprendizados em prática.
Perdoar aqueles que nos ofenderam, aqueles que sob um ponto de vista humano não merecem perdão, pode exercer um poderoso efeito para o bem. Quando Jesus perdoou aqueles que O crucificavam, causou uma impressão profunda em muitos dos responsáveis por Sua morte. Atos 6:7 diz que, subseqüentemente, "muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé". Algo semelhante pode ter acontecido quando Estêvão perdoou aqueles que o apedrejaram até à morte (ver Atos 7:58-60). Não é improvável que a conversão de Saulo tenha brotado daquela experiência.Quando você e eu fazemos como Jesus fez, e perdoamos espontaneamente aqueles que nos magoaram, o efeito sobre eles também pode ser o mesmo - mas não conte com isso. Afinal de contas, nosso objetivo na vida como cristãos é seguir o exemplo de Cristo, e não fazer com que os outros se sintam mal por ter-nos prejudicado.
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